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Laboratório de Incêndios Florestais - UFPR
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BRIGADA CIENTÍFICA
Nesta seção (ainda em desenvolvimento) a Brigada1 disponibiliza para pesquisa documentos importantes para o estudo do combate a incêndios florestais, em parceria com pesquisadores e órgãos atuantes na área. O material aqui poderá ser consultado livremente, mas sua divulgação só poderá ser feita com autorização de seus autores, cujos nomes estarão sempre disponíveis. Esperamos que faça um bom uso!
Caso queira colaborar com a Brigada Científica, por favor informe-nos preenchendo o quadro de contato no final desta página. Muito obrigado pela sua ajuda! Para ler os arquivos PDF você precisa do Adobe Reader Avaliação de Brigadas de Incêndios Florestais Em Unidades de ConservaçãoArtigo de Júlio César da Silva, Nilton César Fiedler, Guido Assunção Ribeiro e Manoel Cláudio da Silva Júnior
SILVA, Júlio César da; FIEDLER, Nilton César; RIBEIRO, Guido Assunção e SILVA JUNIOR, Manoel Cláudio da. Avaliação de brigadas de incêndios florestais em unidades de conservação. Rev. Árvore [online]. 2003, vol.27, n.1, pp. 95-101. ISSN 0100-6762. doi: 10.1590/S0100-67622003000100013. "O objetivo deste estudo foi determinar as condições de trabalho e o nível de treinamento das brigadas voluntárias de prevenção e combate aos incêndios florestais do Jardim Botânico de Brasília, da Reserva Ecológicado IBGE e da fazenda Água Limpa da Universidade de Brasília. Os estudos foram realizados no primeiro semestre de 2000 na sede das três brigadas, localizadas nas respectivas Unidades de Conservação, tendo como metodologia o emprego de questionários e entrevistas com os brigadistas e coordenadores. O conjunto de dados foi analisado para as três brigadas, mostrando que o melhor nível de treinamento e satisfação dos brigadistas foi encontrado na brigada da Reserva Ecológica do IBGE e o pior, na brigada da fazenda Água Limpa da UnB. As três brigadas não contam com equipamentos de proteção individual para todos os brigadistas, faltando também equipamentos de combate e ferramentas. Nenhuma brigada dispõe de máquinas para manutenção de estradas e aceiros. Somente a brigada da Reserva Ecológica do IBGE conta com caminhão-pipa para ações de combate. A brigada da fazenda Água Limpa foi a que apresentou maior participação em campanhas educativas junto às comunidades do entorno. Pode-se concluir que, de maneira geral, as brigadas apresentaram bom nível de capacitação e treinamento, demonstrando que apesar da limitação de equipamentos e ferramentas têm conseguido debelar pequenos focos de incêndios florestais. O problema mais grave verificado nas três brigadas foi a falta de equipamentos de proteção individual para todos participantes de ações de combate, gerando riscos de acidentes." Avaliação das Condições de Trabalho, Treinamento, Saúde e Segurança de Brigadistas de Combate de Incêndios Florestais Em Unidades de Conservação do Distrito Federal - Estudo de Caso 1Artigo de Nilton César Fiedler, Thiago Oliveira Rodrigues e Marcelo Brilhante de Medeiros.
FIEDLER, Nilton César; RODRIGUES, Thiago Oliveira e MEDEIROS, Marcelo Brilhante de. Avaliação das condições de trabalho, treinamento, saúde e segurança de brigadistas de combate a incêndios florestais em unidades de conservação do Distrito Federal: estudo de caso. Rev. Árvore [online]. 2006, vol.30, n.1, pp. 55-63. ISSN 0100-6762. doi: 10.1590/S0100-67622006000100008. "Este estudo teve como objetivo avaliar as condições de trabalho, treinamento, saúde e segurança dos brigadistas de combate a incêndios florestais no Distrito Federal. A pesquisa foi realizada nas Unidades de Conservação da Fazenda Água Limpa, Reserva Ecológica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e Instituto Jardim Botânico de Brasília. A coleta de dados foi feita com a aplicação de um questionário em forma de entrevista individual. Participaram da avaliação todos os 53 brigadistas das Unidades de Conservação. De acordo com os resultados, a brigada do Jardim Botânico de Brasília tinha significativo porcentual de treinados (92,8%), todos com cursos de primeiros socorros, e um alto porcentual de trabalhadores com problemas de saúde (33,3%). Os brigadistas da Reserva Ecológica do IBGE exerciam, em sua grande maioria, o trabalho por gosto pela atividade (84,6%), eram bem treinados (92,3%) e todos participaram de cursos de primeiros socorros, sendo o porcentual de acidentes o mais baixo (7,7%). Na brigada da Fazenda Água Limpa foram encontrados os menores porcentuais de treinados (39,1%), maiores porcentuais de acidentes (17,4%), menores porcentuais de pessoas que exerciam a função por gosto pela atividade (30,4%) e menores porcentuais de pessoas com problemas de saúde (8,7%). A grande maioria dos brigadistas nas três Unidades de Conservação ressaltou a questão da necessidade de regulamentação das brigadas e atentou para a insatisfação quanto aosequipamentos de proteção individual utilizados e inadequada reposição." Detecção de Incêndios Florestais por SatélitesArtigo de Antonio Cartos Batista, professor do Curso de Engenharia Florestal, Universidade Federal do Paraná, [email protected]
Batista, A.. DETECÇÃO DE INCÊNDIOS FLORESTAIS POR SATÉLITES. FLORESTA, América do Sul, 34 24 05 2005. "Os incêndios são uma das mais importantes fontes de danos aos ecossistemas florestais nas regiões em desenvolvimento. A pressão que essas áreas florestais sofrem devido a necessidade de novas áreas destinadas às atividades agropecuárias têm aumentado consideravelmente o número de incêndios e a extensão das áreas queimadas."... Diagnóstico do Uso do Fogo No Entorno do Parque Estadual da Serra do Brigadeiro (PESB), MGArtigo de Verônica Rocha Bonfim, Guido Assunção Ribeiro, Elias Silva e Geraldo Magela Braga
BONFIM, Verônica Rocha; RIBEIRO, Guido Assunção; SILVA, Elias e BRAGA, Geraldo Magela. Diagnóstico do uso do fogo no entorno do Parque Estadual da Serra do Brigadeiro (PESB), MG. Rev. Árvore [online]. 2003, vol.27, n.1, pp. 87-94. ISSN 0100-6762. doi: 10.1590/S0100-67622003000100012. "O emprego do fogo é uma prática alternativa comum no meio rural, por ser uma técnica eficiente para diversas finalidades na visão de muitos agricultores. Esta técnica requer uma série de cuidados para não incorrer em desastres ambientais, como incêndios florestais. Os objetivos deste trabalho foram realizar um diagnóstico do uso do fogo pelos produtores rurais do entorno do Parque Estadual da Serra do Brigadeiro (PESB), Estado de Minas Gerais, e verificar sua percepção com relação aos incêndios florestais. Para tanto, foram amostradas três regiões distintas e representativas do entorno do PESB: Araponga, Pedra Bonita e Fervedouro. Os dados foram obtidos mediante entrevistas semi-estruturadas, com uso de questionário. Concluiu-se que o uso do fogo é ainda uma prática comum entre os produtores rurais, por ser mais viável economicamente e pelo seu rápido efeito. Entretanto, há um consenso sobre os prejuízos que ele pode causar ao solo, às suas vidas e ao meio ambiente." Efeito do Fogo Sobre O Banco de Sementes Em Faixa de Borda de Floresta Estacional Semidecidual, SP, BrasilArtigo de Antônio Carlos Galvão de Melo, Giselda Durigan e Maurício Romero Gorenstein
MELO, Antônio Carlos Galvão de; DURIGAN, Giselda e GORENSTEIN, Maurício Romero. Efeito do fogo sobre o banco de sementes em faixa de borda de Floresta Estacional Semidecidual, SP, Brasil. Acta Bot. Bras. [online]. 2007, vol.21, n.4, pp. 927-934. ISSN 0102-3306. doi: 10.1590/S0102-33062007000400017. "Os incêndios estão entre as principais causas da perda de diversidade em florestas tropicais. O presente estudo teve como objetivo avaliar o efeito do fogo sobre o banco de sementes em fragmento de floresta estacional semidecidual e verificar se a intensidade desses efeitos se altera em função da distância da borda. O estudo foi realizado na Estação Ecológica dos Caetetus, Estado de São Paulo. Cinco dias após a passagem do fogo, foram coletadas amostras da camada superficial do solo (5 cm de profundidade), em duas faixas: 0 a 20 m e 20 a 50 m de distância da borda, na área atingida pelo fogo e em floresta não queimada adjacente utilizada como controle. Na floresta não atingida pelo fogo a densidade foi de 257 sementes.m-2 e na área queimada de 97 sementes.m-2. Quarenta espécies ocorreram na área não queimada e 26 espécies na área queimada. Ervas e gramíneas tiveram densidade relativa superior na área queimada. Para as espécies arbóreas as perdas decorrentes do fogo foram maiores na faixa mais externa do fragmento (menor riqueza e densidade), provavelmente devido à amplificação dos efeitos do fogo causada pelos efeitos de borda." História de Sísifo ou de Odisseu? Sistema de prevenção de incêndios no Parque Nacional Serra do Cipó, Minas Gerais, BrasilPalestra de Kátia Torres Ribeiro, gerente de incêndios do Parque Nacional da Serra do Cipó, em Minas Gerais, apresentada no IV SIMPÓSIO SUL-AMERICANO SOBRE PREVENÇÃO E COMBATE AOS INCÊNDIOS FLORESTAIS e 8ª Reunião Técnica Conjunta SIF/FUPE/IPEF sobre Controle de Incêndios Florestais.
"Na cada vez mais antiga Grécia, Sísifo foi condenado, por Zeus, a eternamente empurrar uma enorme pedra de mármore com suas próprias mãos para o alto de uma montanha, por ter desafiado os poderes dos Deuses e até mesmo ter ousado aprisionar Hades, suspendendo assim as mortes na Terra. Quando no topo chegava, a pedra, por uma força irresistível, rolava, e a batalha, horrorosa, recomeçava. É possível que o pobre Sísifo ainda hoje pague a sua pena, e muitos se sentem realizando “Trabalhos de Sísifo”. Assim certamente é o caso de muitos que trabalham com combates a incêndios em áreas naturais."... Incêndio Em Floresta Estacional Semicidual: Avaliação de Impacto E Estudo dos Processos de RegeneraçãoTese de Antônio Carlos Galvão de Melo apresentada à Escola de Engenharia de São Carlos, da Universidade de São Paulo, visando a obtenção do Título de Doutor em Ciências da Engenharia Ambiental
Melo,A.C.G. Escola de Engenharia de São Carlos, 2007. (tese) "Os incêndios estão entre as principais causas da perda de diversidade em florestas tropicais e aparentemente seus impactos são ainda mais intensos em áreas de floresta sob efeito de borda. Com o objetivo de quantificar os danos causados pelo fogo sobre o ecossistema e verificar se a dimensão dos danos e a resiliência do ecossistema estão correlacionados com a distância da borda, foram analisados o banco de sementes e a comunidade vegetal em um trecho de Floresta Estacional Semidecidual, na Estação Ecológica dos Caetetus, Gália, SP. A área experimental compreende dois setores: a floresta queimada, alvo de incêndio acidental e a floresta não queimada adjacente, utilizada como controle. Cada setor foi subdividido em duas faixas de distância da borda da floresta: 0-20m e 20-50m. Para o estudo do banco de sementes foram coletadas amostras nas quatro situações de amostragem, cinco dias após o fogo. Para avaliação dos impactos do incêndio sobre a comunidade vegetal e monitoramento da regeneração dos estratos arbóreo e regenerante na área queimada, foram amostrados cinco transectos de 10x50m sentido borda – interior, avaliados aos seis, 15 e 24 meses após a passagem do fogo. O mesmo desenho amostral foi utilizado na área não queimada, em um único levantamento. Visando verificar se a eliminação de gramíneas invasoras e lianas facilitaria a regeneração da comunidade arbórea, foram instalados cinco transectos adicionais de 10x20 m, perpendiculares à borda, nos quais foram efetuadas quatro operações de retirada de lianas e capins, em um período de 24 meses. No banco de sementes, tanto a densidade quanto o número de espécies foram consideravelmente inferiores na área queimada (97 sementes.m-2, de 26 espécies) em comparação com a área não queimada (257 4 sementes.m-2, de 40 espécies). A avaliação dos impactos na estrutura da floresta revelou que o fogo foi mais intenso na faixa mais externa da borda, em que houve perda de 100% da biomassa arbórea, enquanto na faixa mais interna a perda foi de 89%. Em comparação com a floresta não queimada, a comunidade vegetal na área atingida pelo fogo apresentou 43 espécies a menos aos seis meses, diferença que diminuiu para 14 espécies aos 24 meses. A resiliência, analisada com base na recuperação da biomassa arbórea, é maior na faixa mais interna, devido às espécies pioneiras oriundas de sementes que se desenvolvem rapidamente. A rebrota de árvores atingidas pelo fogo também é maior na faixa mais distante da borda e contribuiu significativamente na recuperação da riqueza. O controle de gramíneas e cipós apresentou efeito benéfico exclusivamente para o estrato arbóreo e apenas na faixa de 0-10m de distância da borda da floresta, proporcionando aumento de área basal, densidade total de plantas e cobertura de copas. Os resultados das operações de manejo indicam que técnicascomplementares devem ser aplicadas, visando à facilitação da restauração da floresta após o incêndio. O fogo mostrou-se como elemento de degradação, desde o banco de sementes até o estrato arbóreo. Ainda que a floresta tenha recuperado parte de sua riqueza em dois anos, este processo é lento, caracterizando baixa resiliência, especialmente na faixa mais externa da floresta onde o fogo é ameaça permanente." Novas Tendências no Controle de Incêndios FlorestaisArtigo de Ronaldo Viana Soares, engenheiro florestal, M.Sc., Ph.D., professor do curso de engenharia florestal da UFPR.
SOARES, .. Novas tendências no controle de incêndios florestais. FLORESTA, América do Sul, 30 12 08 2004. "Apesar do fogo ser um elemento natural, de fundamental importância para a formação e preservação de vários ecossistemas terrestres, como foi mostrado por exemplo na abertura dos jogos olímpicos de Sydney, incêndios florestais, em áreas modificadas pela ação antrópica, podem causar sérios danos ecológicos e materiais. Por este motivo e pela quantidade cada vez menor de áreas cobertas por florestas no mundo, existe uma grande preocupação com a ocorrência e propagação de incêndios florestais. Como as florestas homogêneas plantadas são potencialmente mais susceptíveis aos incêndios, a tendência atual é adotar uma silvicultura preventiva, isto é, estabelecer técnicas de proteção contra o fogo desde a implantação dos povoamentos. Dentro deste conceito, o manejo do material combustível aparece como um fator importantíssimo na prevenção de grandes incêndios. O estabelecimento de uma legislação eficiente e a aplicação de penalidades severas para os transgressores é outro ponto importante na prevenção dos incêndios. As diretrizes de manejo do fogo em áreas rurais pode ser uma importante ferramenta para disciplinar o uso do fogo e orientar a legislação específica sobre o assunto. Os programas e campanhas de educação ambiental e conscientização da população para os efeitos daninhos do fogo são também muito importantes, principalmente para se reverter a tendência universalmente observada hoje em dia de aumento de incêndios causados por incendiários. Finalmente, no que diz respeito ao combate daqueles incêndios que não se consegue prevenir, a utilização de novos produtos e equipamentos pode ajudar a limitar a expansão do fogo, minimizando a extensão das áreas queimadas e, conseqüentemente, os danos econômicos e ecológicos. "... Ocorrência de Incêndios Florestais No Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, GoiásArtigo de Nilton César Fiedler, Daniela Araújo Merlo, e Marcelo Brilhantede Medeiros
Revista Ciência Florestal, Vol. 16, No. 2, 2006, pp. 153-161 "Esta pesquisa objetivou a análise da ocorrência de incêndios florestais no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (PNCV), GO, no período de 1992 a 2003. A metodologia utilizou mapas de focos de calor, dados dos relatórios de ocorrência de incêndios na Unidade de Conservação, entrevistas aos brigadistas e à comunidade do entorno. Com esses dados, foi possível analisar as causas e a freqüência de ocorrência de incêndios florestais, as áreas queimadas anualmente, os locais e épocas de incidência, o trabalho de prevenção e combate desenvolvido pelos brigadistas e a opinião da população em relação ao trabalho desenvolvido no Parque. Essas informações possibilitaram analisar as ocorrências de fogo no PNCV e alguns dados importantes sobre prevenção e combate aos incêndios. Os incêndios florestais no PNCV ocorreram praticamente em todos os anos, sendo que 1995 e 2002 foram os anos mais críticos. 88,2% dos incêndios florestais foram de origem criminosa, por negligência ou de causa desconhecida. A época em que mais ocorreram os incêndios foi a estação seca, sendo o pico o mês de agosto, seguido pelos meses de setembro e julho. As ações preventivas realizadas no PNCV são a construção de aceiros e a distribuição de cartazes educativos. A comunidade local salientou que falta estímulo à utilização de técnicas de substituição ao uso do fogo nas propriedades rurais e campanhas educativas de prevenção de incêndios florestais." O Fogo E Seus Efeitos Sobre A Herpeto E A Mastofauna Terrestre No Parque Nacional de Ilha Grande (PR/MS), BrasilDissertação de mestrado de Letícia de Paulo Koproski, Mestre em Conservação da Natureza e Doutoranda em Engenharia Florestal pela UFPR.
"O presente trabalho foi desenvolvido no Parque Nacional de Ilha Grande, Unidade de Conservação situada na região sul da planície de inundação do alto Rio Paraná, na divisa dos Estados do Paraná e Mato Grosso do Sul, Brasil. Os objetivos foram caracterizar o perfil dos incêndios, definir a estação de perigo de incêndios, descrever as atitudes dos animais frente ao fogo, identificar as espécies atingidas pelos incêndios e relacionar a natureza das lesões causadas pelo fogo, e identificar as espécies animais ocorrentes nas áreas queimadas. O perfil dos incêndios foi determinado pela avaliação das ocorrências compreendidas de 1999 a 2003. A estação de perigo de incêndios foi definida a partir das condições meteorológicas de temperatura, umidade e precipitação registradas de 1998 a 2003. A determinação dos efeitos do fogo sobre a fauna foi feita pela avaliação dos efeitos diretos e indiretos do fogo observados durante dois incêndios ocorridos em setembro de 2003. A avaliação dos efeitos diretos foi realizada pela descrição das atitudes dos animais frente ao fogo e pela avaliação da mortalidadee das lesões associadas com a ação do fogo. Os efeitos indiretos foram avaliados pela identificação das espécies que utilizaram as áreas queimadas. Entre 1999 e 2003 foram registrados 52 incêndios, totalizando 129.481,5 ha de área queimada. Nos meses de agosto e setembro foram registrados 64% dos incêndios. O maior número de incêndios (13), bem como a maior extensão de área queimada (100.097,5 ha) foi registrado na Ilha Grande. O grupo “incendiários” foi a principal causa registrada. A análise das condições meteorológicas da região revelou que a estação de perigo de incêndios no Parque ocorre entre julho e setembro. Os animais observados frente ao fogo foram três serpentes, uma anta (Tapirus terrestris), quatro bugios (Alouatta caraya), 31 cervos-do-pantanal (Blastocerus dichotomus), dois preás (Cavia aperea), dois tamanduás-mirim (Tamandua tetradactyla) e um tatu-galinha (Dasypus novemcinctus). As atitudes dos animais frente ao fogo foram compatíveis com comportamentos frente a sinais de ameaça. Foram encontrados dezesseis animais mortos e três vivos com queimaduras. Os animais encontrados mortos foram seis serpentes (quatro Bothrops moojeni, uma Thamnodynastes hypoconia e um colubrídeo não identificado), dois preás, um tamanduá-mirim, seis tatus-galinha e um puma (Puma concolor). Os animais encontrados vivos com queimaduras foram uma coral-verdadeira (Micrurus lemniscatus), um cervo-do-pantanal e um preá. A monitorização das áreas queimadas, realizada no período de um ano, revelou que répteis e mamíferos utilizaram essas áreas de forma diferenciada de acordo com as características biológicas dos grupos e com os recursos disponíveis. No Parque Nacional de Ilha Grande os incêndios florestais são ocorrências periódicas e o fogo afeta direta e indiretamente a herpeto e a mastofauna terrestre ocorrente na Unidade. Pela primeira vez foi registrada a morte de um Puma concolor e o deslocamento aquático de Alouatta caraya, ambos devido à ação do fogo." Perfil dos Incêndios Florestais No Brasil, 1984 a 1987
Artigo de Ronaldo Viana Soares, engenheiro florestal, M.Sc., Ph.D., professor do curso de engenharia florestal da UFPR.
Soares, R.. PERFIL DOS INCÊNDIOS FLORESTAIS NO BRASIL DE 1984 A 1987. FLORESTA, América do Sul, 18 16 10 2006. "Os incêndios florestais que ocorrem anualmente no Brasil causam sensíveis prejuízos aos setores produtivo e ambiental do país. Portanto, para preservar as florestas e o ambiente dos efeitos nocivos do fogo incontrolado é necessário adotar uma política de proteção adequada às características de cada região do país."... Perfil dos Incêndios Florestais No Brasil de 1994 a 1997Artigo de Ronaldo Viana Soares, Juliana Ferreira Santos.
Soares, R.; Santos, J.. PERFIL DOS INCÊNDIOS FLORESTAIS NO BRASIL DE 1994 A 1997. FLORESTA, América do Sul, 32 5 08 2004. "O conhecimento do perfil dos incêndios florestais é muito importante para o planejamento do controle dos mesmos. O objetivo deste trabalho foi estabelecer o perfil dos incêndios florestais no país através de dados coletados, em áreas protegidas, no período de 1994 a 1997, através de formulários preenchidos por empresas e instituições florestais. Foram registrados e informados 1.957 incêndios e apesar deste número não representar a totalidade dos incêndios ocorridos no período estudado, constituiu-se numa base confiável para se conhecer as principais características dos incêndios. Os resultados mostraram que a área média atingida por incêndio no período analisado foi de aproximadamente 135 ha, sendo Minas Gerais o estado líder, tanto em número de incêndios informados (62,7% do total) como em área queimada (25,2%). O grupo Incendiários foi a principal causa dos incêndios, com 56,6% das ocorrências, vindo a seguir as Queimas para limpeza com 22,1%. Com relação à área queimada o grupo Queimas para limpeza , com 74,1% da superfície atingida, foi a principal causa, ficando o grupo Incendiários em segundo lugar com 19,8%. A principal estação de incêndios no país se estende de julho a novembro, quando ocorreram 79,2% dos incêndios, correspondendo a 98,6% da área atingida. O maior número de incêndios (39,7% das ocorrências) foi registrado em Outro tipo de vegetação, que inclui cerrado, capoeira e campo. Com relação à área atingida, entretanto, 92,5% foi registrada em Florestas Nativas. Quanto à distribuição dos incêndios através das classes de tamanho, 23,9% foi enquadrado na classe I ( 0,1 ha). É importante ressaltar que quanto maior a eficiência no combate aos incêndios, maior é a concentração dos mesmos na classe I. Apesar de corresponder a apenas 2,4% das ocorrências, os incêndios da classe V ( 200,0 ha) foram responsáveis por 94,5% da área queimada." Perfil dos Incêndios Florestais No Brasil Em Áreas Protegidas No Período de 1998 A 2002Artigo de Juliana Ferreira Santos, Ronaldo Viana Soares, Antonio Carlos Batista.
Santos, J.; Soares, R.; Batista, A.. PERFIL DOS INCÊNDIOS FLORESTAIS NO BRASIL EM ÁREAS PROTEGIDAS NO PERÍODO DE 1998 A 2002. FLORESTA, América do Sul, 36 28 07 2006. "O objetivo deste trabalho foi dar continuidade à coleta de dados de ocorrências de incêndios florestais no Brasil, em áreas protegidas, isto é, áreas de empresas e unidades de conservação que possuem sistemas de controle de incêndios, no período de 1998 a 2002. As variáveis avaliadas foram as ocorrências de incêndios e a área queimada por estado, a distribuição mensal, as prováveis causas, a vegetação atingida, a classe de tamanho do incêndio e a média da área queimada por incêndio. A base de dados para o desenvolvimento deste trabalho foram os questionários preenchidos por empresas e instituições florestais que tiveram áreas atingidas por incêndios naquele período. Entre 1998 e 2002, foram registrados 19377 incêndios, que atingiram 85735,02 hectares. Os resultados mostraram que 68,87% dos incêndios e 90,76% das áreas afetadas ocorreram entre julho e outubro, a principal estação de incêndios. A causa principal foi o grupo incendiários, que se mostrou estatisticamente superior aos outros grupos. Outros tipos de vegetação e Eucalyptus spp foram os tipos de vegetação mais atingidos pelo fogo. Minas Gerais foi o principal estado, com mais de 50% das ocorrências e mais de 64% das áreas afetadas. A média de área queimada por incêndio no período do estudo foi de 4,42 ha." Quem causa os Incêndios florestais – o tempo seco ou o fósforo aceso?Texto de Kátia Torres Ribeiro, gerente de incêndios do Parque Nacional da Serra do Cipó, em Minas Gerais, primeiramente publicado em 26/08/2006 no site de jornalismo ecológico O Eco.
"Por que continuamos a afirmar, dia após dia, que os incêndios no Brasil são causados pelo tempo seco? Ou por guimbas de cigarro na beira da estrada? Por que não assumir, logo de uma vez, os incêndios são, na sua maior parte, intencionais, criminosos, provocados por fósforos, isqueiros, velas? Ou então por imprudências e descuidos graves como balões, rojões, queimas de lixo na beira da mata?"... Uso do Fogo Em Propriedades Rurais do Cerrado Em Cavalcante, GOArtigo de Daniel Xavier Lara, Nilton César Fiedler e Marcelo Brilhante De Medeiros.
Revista Ciência Florestal, Vol. 17, No. 1, 2007, pp. 9-15 "O emprego do fogo é uma prática comum em regiões de menor tecnificação no meio rural. Essa prática requer uma série de cuidados para não causar desastres ambientais, como incêndios florestais. O fogo pode, acidentalmente, atingir cultivos, pastagens e benfeitorias. O objetivo deste trabalho foi avaliar os padrões de manejo e os impactos econômicos da utilização do fogo em propriedades rurais, na região da Chapada dos Veadeiros, no município de Cavalcante, estado de Goiás. A coleta de dados foi feita por meio de entrevistas, medições diretas em áreas atingidas, benfeitorias perdidas e avaliação dos custos. Foram entrevistados cinqüenta produtores rurais dos quais, parte utilizava o fogo como ferramenta de manejo agropecuário, e parte que, apesar de não fazerem uso do fogo, sofriam as conseqüências da utilização deste pelos vizinhos e pela falta de técnicas adequadas de prevenção a acidentes. A primeira etapa da coleta de dados foi realizada no ano de 2003. Foram levantadas informações quanto à área perdida com incêndios, prejuízos econômicos e investimentos em prevenção aos incêndios. No segundo levantamento, com foco na estação seca de 2004, feito com os mesmos 50 proprietários, comprovaram-se as informações já levantadas em 2003 e, assim, se pode promover um estudo comparativo entre as características de um período e outro. Concluiu-se que o uso do fogo trouxe elevados prejuízos econômicos tanto para aqueles agricultores que utilizavam o fogo como técnica agrícola quanto para aqueles que não o utilizavam. O desconhecimento das técnicas de substituição do uso do fogo era responsável pelo freqüente uso das queimadas controladas pelos produtores rurais. A falta de investimento em técnicas de prevenção tem levado toda a região a sofrer perdas enormes com os incêndios florestais constantes." |
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